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Fertilização In Vitro Convencional

Mulheres que tiveram as tubas uterinas obstruídas por infecção pélvica, gravidez ou laqueadura possuem maiores chances de apresentar um quadro de difícil reversão, podendo se valer desta técnica. A fertilização in vitro convencional (FIV) também é indicada em alguns casos de endometriose (doença caracterizada pela presença de tecido próprio da cavidade uterina, implantado na cavidade pélvica - gerando implantes endometriais ectópicos).

A primeira etapa do tratamento através de FIV convencional inclui a administração de hormônios e o acompanhamento da ovulação, estimulada para permitir a captação de um maior número de óvulos. Esta é uma etapa delicada porque envolve riscos, como a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana. Nesta síndrome, os ovários aumentam consideravelmente seu volume, provocando dor e inchaço abdominais. Se não tratada a tempo, o quadro pode gerar graves consequências. É uma situação rara, mas que torna indispensável o acompanhamento médico especializado. Em uma segunda etapa, os óvulos são aspirados e colocados em contato com os espermatozóides. Como na inseminação artificial, os espermatozóides foram previamente preparados para a fertilização (capacitação espermática). Em seguida, os gametas são transferidos para uma incubadora que simula o ambiente das tubas uterinas. É neste ambiente que espermatozóides e óvulos fecundarão, dando origem a embriões. Após aproximadamente 48 horas, até 4 embriões (conforme determina o Conselho Federal de Medicina) poderão ser transferidos para o útero, com o auxílio de um cateter. Duas semanas mais tarde, já é possível a confirmação ou não da gravidez através de análise sanguínea. Através de FIV convencional, a incidência de gestação múltipla é 15% maior que no processo natural, já que é implantado o número máximo de embriões permitidos para cada tentativa. O sucesso da técnica vai depender da qualidade dos óvulos, dos espermatozóides e do ambiente uterino no momento da implantação. As probabilidades de gravidez são maiores em mulheres com até 35 anos. A partir dos 40 anos, fase em que os óvulos já não apresentam a mesma vitalidade, a taxa de gravidez cai consideravelmente.

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